Magia ao longo da Ciência Renascentista e Moderna

Autores

  • Nelson Job Pós-doutorando pela História da Ciência, das Técnicas e Epistemologia (HCTE)/UFRJ.

Resumo

Magia e ciência possuem relações históricas e conceituais que foram obnubiladas pelo Iluminismo. A partir do que Deleuze e Guattari entendem como “rizoma” e Tim Ingold como “obviação”, mostraremos como os cientistas renascentistas - Paracelso em sua medicina, Giordano Bruno enquanto frade e místico conceituador herege do universo infinito, Kepler como astrônomo e astrólogo lutando contra acusação de bruxaria feita à sua mãe e finalmente, Isaac Newton como filósofo natural, teólogo e alquimista que unificou a física no século XVII - desenvolveram suas obras fundamentais que moldaram nossa visão moderna de ciência a partir do Hermetismo. Em seguida, mostraremos como a ciência contemporânea permanece sob influências herméticas indiretas através da física moderna, sobretudo a Mecânica Quântica e seus colapso de onda e vazio quântico e a Teoria dos Caos, especificamente os fractais e o atrator estranho, mas também na Cosmologia, especificamente com a hipótese do Universo Eterno e a Teoria das Supercordas como teoria de unificação. Estabelecida as relações entre Hermetismo e física moderna, explicaremos como tais relações produzem um campo híbrido simultaneamente ontológico e epistemológico, dinâmico e permeável que nós chamaremos de Vortexologia, um transaber, ou seja, a transdisciplinaridade aplicada à vida, em que a obviação se tornará mais evidente.

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Publicado

2015-05-12