Falésia da Baronesa, Alcântara-Maranhão: formação e evolução recente

Autores

  • Carlos Henrique Santos da Silva Universidade Federal do Piauí
  • Iracilde Maria de Moura Fé Lima Universidade Federal do Piau

DOI:

https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.1984

Palavras-chave:

Falésia da Baronesa. Dinâmica da linha de costa. Alcântara-Maranhão

Resumo

Este trabalho objetiva contribuir para o estudo da dinâmica da linha da costa do Estado do Maranhão, a partir da caracterização da falésia da Baronesa, situada no município de Alcântara. Essa falésia de perfil complexo, representado por camadas sedimentares horizontais variadas e terraço de abrasão marinho, encontra-se altamente suscetível aos processos erosivos, culminando com frequentes desmoronamentos. O desenvolvimento da pesquisa envolveu revisão da literatura; trabalhos de campo; registro fotográfico e utilização de fichas de registro dos elementos e processos atuantes na área. Os resultados encontrados indicaram que, mesmo sendo afetada pela ação antrópica com a retirada de matérias que compõem a face e o terraço de abrasão, a evolução da falésia está diretamente associada aos processos naturais comandados pelo conjunto de agentes costeiros e climáticos e que sua morfodinâmica aponta para o predomínio de processos subaéreos.

Biografia do Autor

  • Carlos Henrique Santos da Silva, Universidade Federal do Piauí
    Mestre em Geografia, Universidade Federal do Piauí.
  • Iracilde Maria de Moura Fé Lima, Universidade Federal do Piau
    Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Piauí.

Referências

AMORIM, K. B. Mineralogia e geoquímica dos pelitos e carbonatos da Formação Alcântara, cretáceo superior da bacia de São Luís-Grajaú. Monografia de conclusão de curso. Universidade Federal do Pará, Belém – PA: 2010.

BIZZI, L. A. SCHOBBENHAUS, C., VIDOTTI, R. M. & GONÇALVES, J. H. (Editores.) Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. CPRM-SGB - Brasília, 2003, 674p.

CARVALHO, I. S. Pegadas de Dinossauros em depósitos estuarinos (Cenomaniano) da Bacia de São Luís (MA), Brasil. In: ROSSETTI, D. F.; GÒES, A. M.; TRUCKENBRODT (Editores). O Cretáceo na Bacia de São Luís-Grajaú. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, Coleção Friedrich Katzer, 2001.

CHISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgar Blücher, 2. ed.,1986.

EL-ROBRINI, M.; MARQUES J, V.; SILVA, M.M.A.; EL-ROBRINI, M.H.S.; FEITOSA, A.C.; TAROUCO, J.E.F.; SANTOS, J.H.S.; VIAN, J. R. Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro-Maranhão. In: MUEHE, D. (Org.). Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro-Maranhão. Programa de Geologia e Geofísica Marinha (PGGM). Brasília: MMA, 2006.

EMERY, K.O., and KUHN, G.G., 1982, Sea cliffs; their processes, profiles, and classification: Geological Society of America Bulletin, v. 93, p. 644-654.

FEITOSA, A. C e TROVÃO, J. R. Atlas escolar do Maranhão: Espaço geo-histórico e cultural. João Pessoa-PB: Editora Grafset, 2006.

GUERRA, A. T.; GUERRA, A. J. T. Novo dicionário geológico-geomorfológico. 2 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

IMESC. Situação Ambiental da Ilha do Maranhão. Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. São Luís: IMESC, 2011.

RODRIGUES, T. L. N.; ARAÚJO, C.C.; CAMAZZATO, E.; RAMGRAB, G.E. (Orgs.). São Luís, Folha SA-23-2-A, Cururupu, Folha SA-23-X-C, escala 1: 1.000.000. Brasília: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, 1994.185 p.

ROSS, Jurandyr. Ecogeografia do Brasil: subsídios para o planejamento ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2006.

ROSSETTI, D. F. Ambientes Costeiros In: FLORENZANO, Teresa Gallotti (Org.). Geomorfologia: conceitos e técnicas atuais. São Paulo: oficina de textos, 2008.

SANTOS, A.C.G.; NUNES, Z.M.; FARIAS FILHO, M.S.; ARAÚJO, F.L.; MOREIRA, J.F. Análise Geológica, Geomorfológica e Ambiental Da Ilha do Cajual em Alcântara – Ma. ANAIS IX SINAGEO, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.sinageo.org.br/2012/trabalhos/4/4-567-400.html. Acesso em: 20 jan. 2017.

SILVA, C. H.S.; LIMA, I. M. M. F. Caracterização do terraço de abrasão da falésia da Baronesa e sua utilização na cidade de Alcântara–MA. REGNE, Vol.2, Nº Especial, 2016.

SOUZA FILHO, P.W.M., 1995. A planície costeira bragantina (NE do Pará): Influência das variações do nível do mar na morfoestratigrafia costeira durante o Holoceno, 1995, 123 f. (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação. Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Belém, 1995.

STROHAECKER, T. M. Dinâmica populacional. In: ZAMBONI, A e NICOLADI, J.L. (Orgs.). Macrodiagnóstico da zona costeira e marinha do Brasil. Brasília: MMA, 2008.

UEMA – Gerencia de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Laboratório de Geoprocessamento. Atlas do Maranhão. São Luís: GEPLAN, 2002.

Downloads

Publicado

2018-02-04

Edição

Seção

Dinâmica e Gestão de Zonas Costeiras