Imóveis invadidos pela água oriundos de chuvas extremas na Região Metropolitana de Campinas (SP)

Autores

  • Marina Sória Castellano Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Lucí Hidalgo Nunes Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.2053

Palavras-chave:

Chuvas extremas. Impactos. Região Metropolitana de Campinas

Resumo

O objetivo foi levantar ocorrências de imóveis invadidos pela água ocasionadas por chuvas extremas na Região Metropolitana de Campinas entre 1970 e 2009, identificando onde ocorreram com mais frequência e quais os grupos sociais afetados. Os extremos foram identificados pela técnica dos quantis, o levantamento dos impactos em jornais e órgãos oficiais e o mapeamento das ocorrências, com base no Atlas da Vulnerabilidade Social do IPEA. Grande parte das ocorrências se deu em áreas de baixa ou muito baixa vulnerabilidade, fato que pode estar ligado à diminuição da desigualdade no Brasil na última década. Porém, alguns bairros bastante atingidos referem-se a áreas de mais alta vulnerabilidade. Assim, toda a população está exposta ao risco, independente da classe social. Campinas se destacou por ter tido mais ocorrências, porém, houve melhora entre os períodos, mostrando que as ações da Defesa Civil podem estar surtindo efeito no sentido de amenizar os impactos.

Biografia do Autor

  • Marina Sória Castellano, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
    Centro de Ciências Humanas, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
  • Lucí Hidalgo Nunes, Universidade Estadual de Campinas
    Docente do departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas

Referências

BRAGA, T. M.; OLIVEIRA, E. L.; GIVISIEZ, G. H. Avaliação de metodologias de mensuração de risco e vulnerabilidade social a desastres naturais associados à mudança climática. São Paulo em Perspectiva, n. 1, 2006.

FERNANDES, A. C. A.; BRANDÃO, C. A.; CANO, W. A Região Metropolitana de Campinas: Análise Integrada. In: BRANDÃO, C. A.; CANO, W. (Orgs.). A Região Metropolitana de Campinas: urbanização, economia, finanças e meio ambiente. Campinas: Unicamp, 2002.

HOGAN, D. J.; CUNHA, J. M. P. da; CARMO, R. L do; OLIVEIRA, A. A. B. De. Urbanização e vulnerabilidade sócio-ambiental: o caso de Campinas. In: HOGAN, D. J.; BAENINGER, R.; CUNHA, J. M. P; CARMO, R.L. (orgs.). Migração e Ambiente nas Aglomerações Urbanas. Campinas: NEPO, UNICAMP, 2001.

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A Década Inclusiva (2001-2011): Desigualdade, Pobreza e Políticas de Renda. n. 155, 2012.

NUNES, L.H. Mudanças climáticas, extremos atmosféricos e padrões de risco a desastres hidrometeorológicos. In: HOGAN, D. J.; MARANDOLA JR, E. (Orgs). População e Mudança Climática. Dimensões Humanas das Mudanças Ambientais Globais. Campinas: NEPO, Unicamp; Brasília: UNFPA, 2009.

PIRES, M. C. S. e SANTOS, S. M. M. Evolução da mancha urbana. In: FONSECA, R. B.; DAVANZO, A. M. Q.; NEGREIROS, R. M. C. (Orgs.). Livro Verde: desafios para a gestão da Região Metropolitana de Campinas. Campinas: UNICAMP. IE, 2002. 498p.

SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Perfil Municipal. Disponível em: http://produtos.seade.gov.br/produtos/perfil/. Acessado em setembro de 2014.

WISNER, B.; BLAIKIE, P.; CANNON, T.; DAVIS, I. At Risk: natural hazards, people’s vulnerability and disaster. Nova Iorque: Routledge, 1994.

Downloads

Publicado

2018-02-04

Edição

Seção

Climatologia em diferentes níveis escalares: mudanças e variabilidades