Variação das temperaturas mínimas e sua influência sobre a mortalidade por acidente vascular cerebral em Ituiutaba, MG: uma análise dos meses de julho e agosto de 2013

Autores

  • Emmeline Aparecida Silva Severino Universidade Federal de Uberlândia
  • Ana Cristina Araújo Foli Universidade Federal de Uberlândia
  • Rildo Aparecido Costa Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.2444

Palavras-chave:

Temperaturas mínimas. Variabilidade. Doenças circulatórias. Correlação

Resumo

A presente pesquisa objetivou analisar a influência da variação das temperaturas mínimas sobre a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) da população atendida na rede municipal de saúde de Ituiutaba (MG) nos meses de julho e agosto de 2013. Para isto, utilizou-se o cálculo do Coeficiente de Correlação Linear de Pearson para verificar a correlação existente entre estas duas variáveis, bem como a análise dos elementos climáticos de cada episódio, dos meses selecionados. Os óbitos por AVC foram associados à variação das temperaturas mínimas extremas, principalmente após uma brusca variação. Estas análises demonstraram que os indivíduos apresentam vulnerabilidade frente à variabilidade climática, sendo os idosos os mais acometidos. Deste modo, faz-se necessária a elaboração de trabalhos conjuntos (entre Prefeitura, Universidade, ONGs) para a prevenção e promoção da saúde, no intuito de se compreender a respeito da variabilidade climática e demais fatores que podem influenciar o estado de saúde da população.

Biografia do Autor

  • Emmeline Aparecida Silva Severino, Universidade Federal de Uberlândia

    Mestranda do Programa de Pós-graduação em Geografia do Pontal, Universidade Federal de Uberlândia.

  • Ana Cristina Araújo Foli, Universidade Federal de Uberlândia

    Graduanda do Curso de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia.

  • Rildo Aparecido Costa, Universidade Federal de Uberlândia

    Docente do Programa de Pós-graduação em Geografia do Pontal e do Curso de Graduação em Geografia, Universidade Federal de Uberlândia.

Referências

AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Tradução de Maria Juraci Zani dos Santos; revisão de Suely Bastos; coord. ed. de Antonio Christofoletti. 11ª ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. 332 p.

BARROS, J. R. Tipos de tempo e incidência de doenças respiratórias: um estudo geográfico aplicado ao Distrito Federal. 2006. 121f. Tese (Doutorado em Geografia). Rio Claro, SP. Disponível em:< http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/100078/barros_jr_dr_rcla.pdf?sequence=1>. Acesso em: 07 out. 2015.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. População deve ficar atenta aos riscos do AVC. 2012.Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2012/10/no-dia-mundial-do-avc-pais-alerta-populacao-contra-a-doenca>.Acesso em: 27 dez. 2016.

BRASIL. INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/>. Acesso em: 14 out. 2015.

CARRITANO, C. R. LUZ, P. M.; PIRES, M. L. E.; BARBOSA, M. T. S.; BATISTA, K. M. Análise da tendência da mortalidade por acidente vascular cerebral no Brasil no século XXI. Arq. Bras. Cardiol., [S. l.], v. 98, n. 6, Jun 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc/v98n6/aop03812.pdf> .Acesso em: 28 dez. 2016.

CENTRO DE PESQUISAS METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS APLICADAS A AGRICULTURA. Escala Psicrométrica Unicamp para indicação de níveis de umidade relativa do ar prejudiciais à saúde humana. Escala anemométrica internacional de Beaufort. CEPAGRI/UNICAMP. 2008. Disponível em:< http://orion.cpa.unicamp.br/artigos-especiais/umidade-do-ar-saude-no-inverno.html>. Acesso em: 27 jan. 2016.

COSTA, R. A. Análise biogeográfica do Parque Municipal do Goiabal em Ituiutaba – MG. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.33, v.1, p.68-83, jan./jul.2011. Disponível em: <http://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/viewFile/2042/1932>. Acesso em: 27 jul. 2016.

FIGUEIREDO FILHO, D. B.; SILVA JÚNIOR, J. A. Desvendando os mistérios do coeficiente de correlação de Pearson. Revista Política Hoje, Vol. 18, n. 1, 2009. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/politicahoje/index.php/politica/article/viewFile/6/6. Acesso em: 17 Out. 2016.

IBGE. Cidades. População Urbana de Ituiutaba. 2010. Disponível em:<http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=31>. Acesso em: 29 out. 2015.

IBGE. Minas Gerais. Ituiutaba. 2015. Disponível em:< http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=313420>. Acesso em: 29 out. 2015.

LACAZ, C. da S. Conceituação, atualidade e interesse do tema, súmula histórica. In: LACAZ, C. S.; BASRUZZI, R. G.; SIQUEIRA, W. Introdução à geografia médica do Brasil. São Paulo: E. Blücher; Edusp, 1972.

LIRA, S. A. Análise de Correlação: Abordagem Teórica e de Construção dos Coeficientes com Aplicações. 2004. Dissertação (Mestrado em Métodos Numéricos em Engenharia dos Setores de Ciências Exatas e de Tecnologia). Universidade Federal do Paraná. Disponível em: <http://www.ipardes.gov.br/biblioteca/docs/dissertacao_sachiko.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2016.

MENDES, P. C.; QUEIROZ, A. T. de. Caracterização climática do município de Ituiutaba-MG. p.333-353. In: Geografia do Brasil Central: enfoques Teóricos e Particularidades Regionais. Anderson Pereira Portuguez, Gerusa Gonçalves Moura e Rildo Aparecido Costa. (org). Uberlândia: Assis Editora, 2011.

MURARA, P. G. Variabilidade Climática e Doenças Circulatórias e Respiratórias em Florianópolis(SC): uma contribuição à Climatologia Médica. Dissertação (Mestrado em Geografia). Florianópolis (SC). 2012. 94f. Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: < https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/99358/307856.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 07 out. 2015.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2006). Manual STEPS de Acidentes Vascular Cerebrais da OMS: enfoque passo a passo da OMS para a vigilância de acidentes vasculares cerebrais. Genebra, Organização Mundial da Saúde. Disponível em: <http://www1.paho.org/hq/dmdocuments/2009/manualpo.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2016.

PAGNOSSIN, E. M.; BURIOL, G. A.; GRACIOLLI, M. A. Influência dos elementos meteorológicos no conforto térmico humano: bases biofísicas. Disciplinarum Scientia. Série: Ciên. Biol. e da Saúde, Santa Maria, v. 2, n. 1, p. 149-161, 2001. Disponível em: <http://sites.unifra.br/Portals/36/CSAUDE/2001/influencia.pdf>. Acesso em: 4 ago. 2016.

PASCOALINO, A. Variação térmica e a distribuição têmporo-espacial da mortalidade por doenças cardiovasculares na cidade de Limeira/SP. Rio Claro, 2013. 283 f. Tese (Doutorado em Geografia). Universidade Estadual Paulista, Rio Claro/SP. Disponível em: <http://repositorio.unesp.br/handle/11449/104331>. Acesso em: 02 Ago. 2016.

QUEIROZ, A. T de.; COSTA, R. A. Caracterização e variabilidade climática em séries de temperatura, umidade relativa do ar e precipitação em Ituiutaba – MG. Caminhos de Geografia. Uberlândia v. 13, n. 43 out/2012 p. 346–357. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/19555/10537>. Acesso em: 29 out. 2015.

SANT’ANNA NETO, J. L. Da climatologia geográfica à geografia do clima: gênese, paradigmas e aplicações do clima como fenômeno geográfico. Revista ANPEGE, v. 4, p. 188, 2008. Disponível em: <http://www.anpege.org.br/revista/ojs2.2.2/index.php/anpege08/article/view/11/pdf4B>. Acesso em: 9 set. 2016.

SARTORI, M. G. B. Clima e percepção geográfica – Fundamentos Teóricos à Percepção Climática e à Bioclimatologia Humana. Santa Maria, RS: Editora Palloti. 2014.

SETTE, D. M., RIBEIRO, H. Interações entre o clima, o tempo e a saúde humana. Revista de Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade. 6.v, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.revistas.sp.senac.br/index.php/ITF/article/view/196. > Acesso em: 30 out. 2016.

Downloads

Publicado

2018-02-04

Edição

Seção

Climatologia em diferentes níveis escalares: mudanças e variabilidades