Usos e ocupações da terra na planície de inundação do baixo curso do rio Piancó-Piranhas-Açu (RN)

Autores

  • Alisson Medeiros de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Jânio Carlos Fernandes Guedes Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Diógenes Félix da Silva Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.2541

Palavras-chave:

Fruticultura. Inundações. Usos da terra

Resumo

As inundações são perigos hidrometeorológicos que ocasionam diversos danos. As planícies de inundações são ambientes atingidos periodicamente por pulsos de inundações, e desta forma, tornam-se um lugar inapropriado para a ocupação humana através de construções edificadas. Contudo, o que se observa no histórico do ordenamento territorial do Brasil é a intensa ocupação das margens dos rios e suas respectivas planícies de inundação. Neste contexto, o presente artigo tem como objetivo identificar os pulsos de inundações e analisar quais os usos da terra no baixo curso do rio Piancó-Piranhas-Açu (RN). O pulso de inundação registrado para o ano de 2008 gerou prejuízos à fruticultura irrigada, além da perca de parte da produção, ocasionando uma baixa nas exportações e demissão de funcionários das empresas produtoras. Por ser em recorte espacial fértil e com proximidade de corpos hídricos, esta área atraiu a ocupação humana, tornando-o um ambiente de risco de cheias.  

Biografia do Autor

  • Alisson Medeiros de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia da UFRN.

  • Jânio Carlos Fernandes Guedes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Departamento de Geografia da UFRN/CERES.

  • Diógenes Félix da Silva Costa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Departamento de Geografia da UFRN/CERES, TRÓPIKOS - Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Biogeografia Tropical/UFRN.

Referências

AEB. Agência Espacial Brasileira. Imagens CBERS identificam áreas atingidas pelas enchentes no RN. Disponível em: < http://www.aeb.gov.br/imagens-cbers-identificam-areas-atingidas-pelas-enchentes-no-rn/>. Acesso em: 30/06/2016.

ALBANO, G. P.; SÁ, A. J. Vale do Açu-RN: A passagem do extrativismo da carnaúba para a monocultura da banana. Revista de Geografia, v. 26, n. 3, p. 6-32, 2009.

ALBANO, G. P. Globalização da Agricultura no Rio Grande do Norte. IN: ALBANO, G. P; FERREIRA, L. S; ALVES, A. M. (Orgs.). Capítulos de Geografia do Rio Grande do Norte. Natal: Manimbu, 2013. p. 155-189.

ALMEIDA, F. G.; PEREIRA, L. F. M. O papel da distribuição e da gestão dos recursos hídricos no ordenamento territorial brasileiro. In: ALMEIDA, F. G.; SOARES, L. A. A. Ordenamento territorial: coletânea de textos com diferentes abordagens no contexto brasileiro. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009. p. 85-113.

AMARAL, R.; RODRIGUES, R. R. Inundação e Enchentes. In: TOMINAGA, L K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Orgs.). Desastres naturais: conhecer para prevenir. São Paulo : Instituto Geológico, 2009. p. 39-52.

BAYLEY, P. B. The flood pulse advantage and the restoration of river-floodplain systems. Regulated rivers: research and management, v. 6, p. 75-86, 1991.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia Fluvial. São Paulo: Edgard Blucher, 1981. 297 p.

CRUZ, M. A. S.; TUCCI, C. E. M. Otimização das obras de controle de cheias em uma bacia urbana. RBRH — Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 12, n. 2, p. 63-80, 2007.

GUERRA, A. T.; TEIXERA-GUERRA, A. J. T. Dicionário Geológico – Geomorfológico. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. 652 p.

IEA. Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo. Banana: enchentes no Nordeste prejudicam exportações brasileiras em 2008. Disponível em: < http://www.iea.sp.gov.br/out/LerTexto.php?codTexto=9541>. Acesso em: 30/06/2016.

INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. BDMEP – Série histórica. Disponível < http://www.inmet.gov.br/projetos/rede/pesquisa/form_mapas_mensal.php>. Acesso em: 13/07/2016.

JUNK, W.; BAYLEY, P.B.; SPARKS, R.E. The flood pulse concept in river-floodplain systems. In: DODGE, D.P. (Org.) Proceedings of the International Large River Symposium (LARS). Canadian Special Publication of Fisheries and Aquatic Sciences, 1989. p.110-127.

MAFRA, C. Q. T.; MAZZOLA, M. As razões dos desastres em território brasileiro. In: SANTOS, R. F. Vulnerabilidade Ambiental. Brasília: MMA, 2007. p. 9-12.

MARINHO, R. R.; PARADELLA, W. R.; RENNÓ, C. D.; OLIVEIRA, C. G. Aplicação de imagens SAR orbitais em desastres naturais: mapeamento das inundações de 2008 no vale do Itajaí, SC. Revista Brasileira de Cartografia, n. 64/5, p. 565-579, 2012.

MONTE, B. E. O.; COSTA, D. D.; CHAVES, M. B.; MAGALHÃES, L. O.; UVO, C. B. Modelagem hidrológica e hidráulica aplicada ao mapeamento de áreas inundáveis. RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos. v. 21, n. 1, p. 152 – 167, 2016. .

OLIVEIRA, D. L.; SOUZA, V. C. B.; FRAGOSO JÚNIOR, C. R. Análise hidrológica da cheia excepcional ocorrida em junho de 2010 nas bacias dos rios Mundaú e Paraíba do Meio em Alagoas e Pernambuco. RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos. v. 19, n. 3, p. 279-293, 2014.

ROCHA, P. C. Sistemas rio-planície de inundação: geomorfologia e conectividade ecológica. Caderno Prudentino de Geografia, v. 1, n. 33, p. 50-67, 2011.

SWAIN, P. H.; DAVIS, S. M. Remote sensing: the quantitative approach. New York: McGrawHill, 1978. 396 p.

TOCKNER, K.; PENNETZDORFER, D.; REINER, N.; SCHIEMER, F.; WARD, J. V. Hydrological connectivity, and the exchange of organicmatter and nutrients in a dynamic river-floodplainsystem (Danube, Austria). Freshwater Biology, v. 41, p. 521-535, 1999.

TUCCI, C. E. M. Águas urbanas. Estudos avançados, v. 22, n. 63, p. 97-112, 2008.

TUCCI, C. E. M.; BERTONI, J. C. Inundações urbanas na América do Sul. Porto Alegre: Associação Brasileira de Recursos Hídricos, 2003. 150 p.

WARD, J. V.; STANFORD, J. A. Ecological connectivity in alluvial river ecosystems and its disruption by flow regulation. Regulated rivers: research & management, v. 2, p.105-119, 1995.

WARD, J. V.; TOCKNER, K.; ARSCOTT, D. B.; CLARET, C. Riverine landscape diversity. Freshwater Biology, v. 47,p. 517–539, 2002.

Downloads

Publicado

2018-02-04

Edição

Seção

Geografia Física e Desastres Naturais