UMA DISCUSSÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA SOBRE FRAGILIDADE AMBIENTAL

Autores

  • Idevan Gusmão Soares UNICAMP
  • Regina Célia de Oliveira UNICAMP

Palavras-chave:

Redes Neurais Artificiais. Ecodinâmica. Metodologias.

Resumo

O trabalho tem o objetivo de apresentar as definições de fragilidade ambiental e as contribuições metodológicas de Ross (1994) e Spörl (2007). Para alcançar o objetivo realizou-se revisão bibliográfica. A fragilidade ambiental ocorre pela desestabilização do equilíbrio dinâmico do ambiente, sendo a fragilidade um aspecto intrínseco do meio. A metodologia de Ross (1994) baseia-se na Ecodinâmica de Tricart (1977) que diferenciou três tipos de meios morfodinâmicos, a saber: estáveis, intergrades e instáveis. O meio instável Ross (1994) nomeou de Instabilidade Emergente e atribuiu diferentes graus, desde instabilidade muito fraca a muito forte. Para as unidades estáveis, que apesar de estarem em equilíbrio dinâmico, apresentam instabilidade potencial qualitativamente previsível face as suas características naturais e a possível inserção antrópica. Deste modo foram hierarquizadas de muito fraca a muito forte. Spörl (2007) elabora um modelo de fragilidade ambiental com base em Redes Neurais Artificiais-RNAs a qual utiliza especialistas e programas para coletar informações. Estes dados são aplicados nos treinamentos das RNAs para que a rede capture o padrão de avaliação de cada um dos especialistas. Com estes padrões reconhecidos as RNAs fornecem respostas para situações onde seja requerida a análise da fragilidade.

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Publicado

2022-12-02