CONTRIBUIÇÕES DA ABORDAGEM GEOSSISTÊMICA À GESTÃO TERRITORIAL
Palavras-chave:
Geossistemas, Planejamento Ambiental, Paisagem, Unidade GeoambientalResumo
O objetivo do trabalho é avaliar possíveis contribuições que a Análise Geossistêmica é capaz de oferecer à Gestão Territorial, por meio da utilização desta abordagem no planejamento territorial, um dos instrumentos de organização do território. Ao se pensar a Gestão do Território como uma das formas de arbitrar a relação do Homem com a Natureza, na medida em que estabelece diretrizes e normas para a exploração do Espaço, torna-se necessária a reflexão sobre o papel de uma abordagem que entende esta questão de forma integrada por meio do estabelecimento de sistemas ambientais e que não promova a ideia de uma cisão entre sociedade e natureza. Com base nesta reflexão, é proposto o uso da classificação do território em Unidades Geoambientais, que tem a capacidade de identificar fluxos de matéria, energia e informação da relação de sistemas naturais com sistemas antrópicos, como forma de auxiliar o planejamento ambiental.
Referências
AMORIM, R. R. Um novo olhar na Geografia para os conceitos e aplicações de Geossistemas, Sistemas Antrópicos e Sistemas Ambientais. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 13, n. 41, p. 80-101, 2012. https://doi.org/10.14393/RCG134116613.
BECKER, B. Geografia Política e Gestão do Território no limiar do Século XXI: uma representação a partir do Brasil. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 53, n. 3, p. 169-182, 1991.
BECKER, B. et al. Tecnologia e gestão do território. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1988.
BERTALANFFY, L. V. Teoria geral dos sistemas. 1 ed. Petrópolis: Vozes, 1973.
CAMPOS, M. ; AMORIM, R. R. Classificação geoambiental e geossistêmicas da Região Metropolitana de Campinas (SP). Espaço em Revista. v. 24, p. 507-531, 2022.
CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de Sistemas Ambientais. 1 ed. São Paulo: Blucher, 1999.
CORRÊA, R. L. Corporação, Práticas Espaciais e Gestão do Território. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 54, n. 3, p. 115-122, 1992.
DARDOT, P; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2016.
GVOZDETSKIY, N. A. et al. Fundamentos físico-geográficos de gestão natural. Tradução Livre: Thiago Manhães Cabral. Revista Geografia Soviética, 17:5, p. 291-303, 1976.
HARVEY, D. A loucura da razão econômica: Marx e o capital no Século XXI. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2019.
IPEA - Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada. ODS - Metas Nacionais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Brasília: IPEA, 2018.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
NEVES, C. E.; SALINAS, E. A Paisagem na Geografia Física Integrada: Impressões Iniciais Sobre sua Pesquisa no Brasil entre 2006 e 2016. Revista do Departamento de Geografia USP. São Paulo, v. esp., eixo 6, 124-137, 2017.
RODRIGUEZ, J. M. M.; SILVA, E. V.; CAVALCANTI, A. P. B. Geoecologia das Paisagens: Uma visão geossistêmica da análise ambiental. 5 ed. Fortaleza: Edições UFC, 2017.
RODRIGUEZ, J. M. M.; SILVA, E. V. Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável: Problemática, Tendências e Desafios. 4 ed. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2016.
SANTOS, R. F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. 1 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.
SOTCHAVA, V. B. Geography and ecology. Tradução livre: Thiago Manhães Cabral. Soviet Geography: review and translation. New York, v. 12, n. 5, p. 277-293, 1971.
SOTCHAVA, V. B. Por uma teoria de classificação de Geossistemas de vida terrestre. Biogeografia, São Paulo, v.14, p. 1-21, 1978.