Os desafios da monitoria acadêmica

o uso do planisfério tátil como recurso didático para alunos com baixa visão dentro da disciplina de Cartografia I

Autores

  • Larissa de Sousa Silva UFOPA

Palavras-chave:

cartografia, representações, mapa

Resumo

O presente trabalho está dentro de uma abordagem qualitativa, buscou-se fazer reflexões e considerações sobre os desafios da monitoria acadêmica, enfatizando a cartografia tátil e a importância de recursos didáticos para auxiliar dois alunos com baixa visão e deficiência auditiva, que são alunos do curso de Licenciatura em Geografia no segundo semestre dentro da Universidade Federal do Oeste do Pará. O objetivo é trazer reflexões acerca dos desafios enfrentados pelos monitores que além de auxiliá-los teoricamente com os textos de sala de aula, eles tentam trazer recursos didáticos que facilitem o aprendizado dentro da disciplina de Cartografia I. A estrutura do trabalho está dividida em sete seções: introdução, objetivo, metodologia, fundamentação teórica, resultados da pesquisa, considerações finais e uma última contendo as referências teóricas. Inicialmente destacamos a importância da monitoria acadêmica que se constitui como ferramenta essencial para prática do ensino/aprendizagem e se mostra extremamente enriquecedora, preferencialmente para o auxílio e aprimoramento à docência e a constante revisão da disciplina cartografia. Mostramos também sobre a importância da cartografia tátil que é um ramo da cartografia que tem um destaque fundamental para que a construção do espaço e da percepção da paisagem seja possível por parte do aluno com baixa visão, utilizando-se de materiais confeccionados e específicos que possuem relevos, texturas, densidades, sensações térmicas, usando materiais em sua maioria das vezes acessível e de baixo custo, que são materiais encontrados dentro de casa. Buscou-se um material que fosse acessível de construção para os dois alunos e também que tivesse boa compreensão, após o término da atividade, diante disso, eles tiveram a ideia da construção do planisfério tátil, haja vista, que eles relataram não entender como era formação territorial e tinham muita dificuldade com as coordenadas geográficas e poderiam entender sobre os elementos do mapa: título, escala, legenda, projeção cartográfica, coordenadas geográficas, representação cartográfica, ao final da construção do Planisfério Tátil, eles teriam que fazer apresentação e explicar as suas percepções tanto da confecção quanto das texturas utilizadas para representar os continentes. As atividades práticas, bem como o auxílio teórico, foram realizadas no LAPMEG –Laboratório de Práticas e Metodologias do Ensino de Geografia, localizado na Ufopa, Campus de Santarém, Unidade Rondon. A maior dificuldade encontrada na monitoria em cartografia nos levou aos questionamentos: como trabalhar cartografia com alunos de baixa visão? Outro obstáculo foi a falta de suporte institucional e aparatos que favorecessem a aplicação de conteúdos adequados para atendimento aos discentes com necessidades específicas, contrapondo o que lhes é garantido por lei. Após as apresentações, eles nos relataram sobre a importância que a construção do Planisfério Tátil, teve para auxiliá-los em conceitos básicos, e também sobre a ampliação da capacidade de interpretar de acordo com a imaginação que eles tinham de determinado continente, desenvolveram a observação detalhada sobre as representações cartográficas. Desenvolveram pensamento crítico com relação a forma como a Geografia é lecionada pelos professores dentro da sala de aula, com relação à metodologias, ensino e avaliações, sem que haja a inclusão deles dentro dos assuntos dialogados.

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Publicado

10.04.2022

Edição

Seção

Trabalhos acadêmicos e práticas educativas