O negro em movimento empreendedor

o “novo negro” afroempreendedor brasileiro

Autores

  • Felipe Ricardo Borges Lopes USP

Resumo

Entre os brasileiros ainda perdura certo entendimento a respeito do “preconceito de cor”, o qual considera o racismo como uma ideologia imprópria à sociedade brasileira, uma objetivação perigosa alimentada pelas reinvidicações de pessoas negras (pretos e pardos) ou mesmo um estrangeirismo incompatível ao caráter nacional (FERNANDES, 2007). Consistindo numa defesa da igualdade racial entre os nacionais, esta ideologia fortalece “a eficácia das técnicas de dominação racial que [mantêm] o equilíbrio das relações raciais e [assegura] a continuidade da ordem escravista” (FERNANDES, 2007: 44), então o substrato àquilo que Florestan Fernandes denominou como “o preconceito de não ter preconceito” (2007). Embora, não se reconheça uma predisposição para ignorar ou mesmo deturpar a situação racial vigente, pontua Fernandes (2007), prevalece uma disposição para o esquecimento do passado e para “deixar que as coisas se resolvam por si mesmas” (2007: 43).

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Publicado

2021-05-03

Edição

Seção

Espaços de Diálogo Geográfico