Ilhas oceânicas brasileiras e suas relações com a tectônica atlântica
Autores
Fernando Flávio Marques de Almeida
Palavras-chave:
zona de fratura, hotspot, Placa Sul-Americana, vulcanismo.
Resumo
Sintetizam-se conhecimentos modernos sobre as ilhas e arquipélagos oceânicos brasileiros, cuja origem e localização geográfica sofreu decisiva influência de estruturas da litosfera oceânica. Reúnem-se informações sobre a geologia das ilhas e a nomenclatura recente, química e mineralógica, de suas rochas. É sugestiva a influência de hotspots na evolução de zonas de fratura, originando cadeias vulcânicas e ilhas. No Ceará a atuação de hotspot suposto astenosférico, na extensão ao continente de zona de fratura reativada, desenvolveu estruturas, magmatismo alcalino, alto fluxo térmico e sismicidade. Penetrando nas fraturas reativadas dessa zona no oceano, com o deslizamento da placa formou-se uma cadeia vulcânica, em cuja extremidade está o Arquipélago de Fernando de Noronha. Essa evolução é similar à da Ilha de Trindade e Arquipélago Martin Vaz, que constituem o topo emerso de grandes montes vulcânicos do extremo oriental das duas cadeias, situadas em zona de fratura que penetra na borda do continente. O estranho Aarquipélago de São Pedro e São Paulo possui origem inteiramente diversa, pois emerge no trecho transformante ativo de uma cadeia de zona de fratura onde esta secciona o rift-valley axial da Dorsal Meso-Atlântica, expondo-se uma rotrusão de rochas mantélicas sem vulcânicas emersas aflorantes, embora as existam submersas.