Análise da vulnerabilidade ambiental em áreas protegidas: o caso da APA do Maracanã – São Luís/MA
DOI:
https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.2024Palavras-chave:
Área de Proteção ambiental. Vulnerabilidade ambiental. Impacto ambientalResumo
As áreas de Proteção Ambiental são instituídas pelo Poder Público. Como unidade de conservação sustentável, a APA permite a ocupação humana. No entanto seu uso desordenado causa a deterioração do ecossistema. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo analisar e caracterizar a vulnerabilidade ambiental da APA do Maracanã para compreensão dos elementos e fatores que compõem o seu espaço, dinâmica e processos, para tentar minimizar os impactos ambientais negativos. Para alcançar estes objetivos realizou-se um levantamento bibliográfico, trabalhos de campo, além de técnicas de geoprocessamento para caracterizar os componentes geoambientais, considerando o levantamento e o cruzamento desses aspectos, a partir da proposta de Tricart (1977) e Ross (1990, 1991, 1992 e 1994). Como resultado, verificou-se que a área de altíssima vulnerabilidade ambiental ocupa cerca de 4,6%, a forte 28,5% enquanto a média ocupa 49,2% , a baixa 14,6% e a muito baixa 3,1%. Pôde-se concluir que a área de estudo constitui um local de média vulnerabilidade ambiental.Referências
ADGER W. Vulnerability. Tyndall Centre for Climate Change Research, School of Environmental Sciences. University of East Anglia, Norwich NR4 7TJ, UK. 2006. p.1-14
BRASIL. Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2000.
BEZERRA, J. F. R. Geomorfologia e reabilitação de áreas degradadas por erosão com técnicas de bioengenharia de solos na bacia do rio Bacanga, São Luís, Maranhão. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2011.
CATELLANI, Rodrigo. Utilização de Técnicas em Sistemas de Informações Geográficas para a determinação da Vulnerabilidade Natural e Ambiental da região do Campo Petrolífero do Canto do Amaro na Bacia Potiguar/RN. 2004. 114f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Geociências, UFRN, Natal, 2004.
CHISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Edgard Blücher, 1999. 236 p.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 10, de 01 de janeiro de 1986. Avaliação de Impacto Ambiental. Disponível em: . Acesso em: 18 de junho de 2015.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 10, de 14 de dezembro de 1988. Área de Proteção Ambiental e Zonas de Conservação. Disponível em: . Acesso em: 18 de junho de 2015.
FARIAS FILHO, Marcelino Silva. Caracterização geoambiental da Área de Proteção Ambiental da Região do Maracanã, São Luís –MA. In___: CARVALHO NETA, R. N. F (org). Área de Proteção Ambiental do Maracanã: subsídios ao manejo e à Educação Ambiental. São Luís: FAPEMA, Café & Lápis, 2010. 15 –39 p.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p. 214
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa das províncias estruturais e domínios geotectônicos. In: http://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/tematico_estadual/- Rio de Janeiro. 2011. Acesso em 25/07/2013.
KAWAKUBO, F. S.; MORATO, R. G.; CAMPOS, K. C.; LUCHIARI, A.; ROSS, J. L. S. 2005. Caracterização empírica da fragilidade ambiental utilizando geoprocessamento. In:Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, INPE, p. 2203-2210.
MARANDOLA, E. & HOGAN, D. Vulnerabilidade do lugar vs. Vulnerabilidade sociodemográfica: implicações metodológicas de uma velha questão. Revista Brasileira de Estudos Populacionais, Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, p.161-181, jul. 2009.
MARANHÂO. Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Estado do Maranhão. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Diagnóstico ambiental da microrregião da aglomeração urbana de São Luís e dos Municípios de Alcântara, Bacabeira e Rosário. São Luís, 1998.
MOTA, S. Introdução a Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES, 1997. 292p.
OLIVEIRA, M. S. Mudanças no uso e ocupação do solo decorrentes da industrialização e suas implicações socioambientais na APA do Maracanã e zona de amortecimento. Projeto de monografia. São Luís: UFMA, 2011.
SANTOS, J.O. do. Vulnerabilidade Ambiental e Áreas de Risco na Bacia Hidrográfica do Rio Cocó – RMF, (Dissertação de Mestrado) UECE, 2006. p.212.
ROSS J. L.S. Geomorfologia ambiente e planejamento. Contexto. São Paulo, 1990.
__________. O registro cartográfico dos fatos geomorfológicos e a questão da taxonomia do relevo. Revista do Departamento de Geografia, n.6, São Paulo: Edusp, p. 17-30. 1992.
__________. Análise empírica da fragilidade dos ambientes naturais e antropizados. In:Revista do Departamento de Geografia, 8, p. 63-74. 1994.
SILVA, Q. D. Mapeamento geomorfológico da Ilha do Maranhão/ Tese de Doutorado. Presidente Prudente- Universidade Estadual de São Paulo, 2012.
TAGLIANI C.R.A. Técnica para avaliação da vulnerabilidade de ambientes costeiros utilizando um Sistema Geográfico de Informações. Porto Alegre, UFRGS. 2002. Disponível em: <http://www.fatorgis.com.br>. Acesso em: 09 abril. 2017.
TURNER II, B.; KASPERSON, R.; MATSON, P.; MCCARTHY, J.; CORELL, R.; CHRISTENSEN, L.; ECKLEY, N.; KASPERSON, J.; LUERS, A.; MARTELLO, M.; POLSKY, C.; PULSIPHER, A.; SCHILLER, A. A Framework for Vulnerability Analysis in Sustainability Science. Proceedings of the National Academy of
Sciences US (PNAS), Vol.100. 2003a. p. 8074-8079.
TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de Janeiro: IBGE, 1977.