O vírus da Zika e a Microcefalia: uma análise sobre a pesquisa e desenvolvimento no território brasileiro

Autores

  • Liz Felix Greco
  • Janaina Oliveira Pamplona da Costa
  • André Luiz Sica de Campos

Palavras-chave:

Vírus da Zika; Microcefalia; Pesquisa e Desenvolvimento; Bibliometria; Patentes, Zika virus; Microcephaly; Research and Development; Bibliometrics; Patents.

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir quais as regiões/estados foram mais afetadas pela febre causada pelo vírus da Zika e a microcefalia e quais são as regiões
que mais produzem conhecimento e tecnologia no Brasil para o vírus da Zika. A metodologia utilizada é uma análise descritiva da distribuição espacial dos dados no território brasileiro. Como proxy de dados de produção de pesquisa científica foram utilizados dados de artigos científicos publicados em periódicos indexados na Scopus. A proxy para analisar a produção de tecnologia foram patentes sobre Vírus da Zika proveniente de inventores brasileiros, retiradas do portal Questel-Orbit. Em relação a produção científica destaca-se Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, identifica-se que, Pernambuco, Bahia e Ceará tiveram uma participação alta na contribuição com pesquisas cientificas sobre o vírus da Zika. Em relação a produção de tecnologia, Minas Gerais é o estado que mais tem patentes, em seguida Rio de Janeiro e São Paulo. Saindo do eixo sul-sudeste, identifica-se esforços para inovar no estado do Rio
Grande do Norte, Ceará, Bahia, Amazonas e Maranhão. Especificamente, estados da região sudeste do Brasil foram os que mais produziram, tanto para a pesquisa como para o desenvolvimento de inovações. Além disso, identificou-se que o Brasil, como um todo, contribuiu mais em questão de volume de produção para a pesquisa do que as patentes. Por fim, conclui-se que a região nordeste, a mais afetada pela microcefalia, tiveram uma atuação significativa na produção de ciência.

ABSTRACT – The purpose of this paper is to discuss which regions were most affected more severely by the Zika virus fever and microcephaly and which regions lead knowledge production and technology patenting in Brazil. The methodology used is a descriptive analysis of the spatial distribution of patent data in the Brazilian territory. As a proxy for knowledge production, we used data from scientific articles published in Scopus indexed journals. The proxy for technology were patents on Zika Viruses from Brazilian inventors, taken from the Questel-Orbit portal. Regarding scientific production, Rio de Janeiro and São Paulo stand out. Also, we identified that Pernambuco, Bahia, and Ceará states had an outstanding participation in contributing to scientific research on the Zika virus. Regarding technology, Minas Gerais is the state that deposited most patents, followed by Rio de Janeiro and São Paulo. Apart from the south-southeast axis, efforts to innovate were identified in the state of Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Amazonas and Maranhão. Specifically, states in the Southeastern region of Brazil were the leaders in scientific publications and patents It was also found that Brazil, as a whole, contributed more intensely in terms of papers than in patents. Finally, we concluded that the Northeastearn region, the most affected by microcephaly, had a significant role in scientific production.

Downloads

Publicado

2020-08-18

Edição

Seção

ST-01 Sistemas territoriais de inovação, inclusão e sustentabilidade