Marco temporal e escreviventes: territorialidades, Maré-RJ e povos em movimento
Palavras-chave:
Maré-RJ; sensibilização ambiental, UERJResumo
Este trabalho nasce a partir das experiências de uma doutoranda em Geografia do PPGEO/UERJ, sobre seu estágio em docência. Além do relato, nos propomos a discutir um momento de encontro sobre Educação Ambiental, parte de um semestre de estágio em docência com uma turma no 9º Período de Licenciatura em Geografia. Esta Prática Educativa dialoga dois encontros onde a Conservação da Natureza foi abordada, sendo um introdutório no primeiro terço da disciplina, e outro no último, sobre o qual aqui se enfatiza. São temas desta reflexão de experiência potencialidades da interdisciplinaridade, da multidisciplinaridade e da transdisciplinaridade em ações de Educação Ambiental elaboradas por Geógrafxs em modelo participativo. Estiveram em interlocução nos encontros ao todo 14 discentes e 3 estagiárixs, sendo 2 doutorandxs e 1 mestrandx. Abordou-se a temática do Projeto de Lei nº 2.903/2023, que defende um Marco Temporal para o reconhecimento de terras indígenas, a partir de uma perspectiva ecológica decolonial, em que o racismo e suas violências são um primeiro e fundamental ataque à Natureza para a manutenção de racionalidades extrativistas. Utilizando-se de escrevivências, apresentou-se a dificuldade encontrada por quem vive em territórios como as terras indígenas de se manter e defender de investidas diversas. Discutiu-se a elaboração de ações de extensão voltadas à conscientização acerca do PL, vinculando conhecimentos geográficos ao território da Maré, destinando a ação imaginada a educadores populares. Dois trabalhos foram formulados e apresentados pelxs discentes, ambos relataram dificuldades em criar algo com a temática. Todos os grupos consideraram relevante a atividade para sua formação profissional, assim como abordagem e aprofundamento da temática em aula. Destacou-se a escuta como importante instrumento pedagógico para educadores-educandxs.