EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA E DISCURSOS DE ÓDIO
Reflexões Críticas sobre Modernidade Líquida e Redes Sociais na Prática Escolar
Palavras-chave:
modernidade líquida, redes sociais, discurso de ódioResumo
A educação nos tempos atuais é atravessada por desafios complexos, que exigem da escola uma postura ativa diante das transformações sociais, culturais e tecnológicas que impactam a formação cidadã. Este artigo apresenta uma experiência pedagógica desenvolvida com estudantes do 9º ano do ensino fundamental, no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), voltada à problematização de temas como modernidade líquida, redes sociais e a disseminação de discursos de ódio com o objetivo de promover o uso crítico das redes sociais e desenvolver habilidades socioemocionais de convívios sociais. O referencial teórico fundamenta-se em Bauman (2004), ao abordar a fluidez e a fragilidade dos vínculos na modernidade; em Recuero (2014) e Castells (2003), que analisam a centralidade das redes sociais na reconfiguração das interações sociais; e em Souza (2017), que denuncia as dimensões simbólicas e morais das desigualdades brasileiras. A metodologia baseou-se em rodas de conversa e debates que valorizaram a escuta ativa dos estudantes e a articulação entre teoria e prática. Os resultados evidenciam que a abordagem favoreceu o engajamento discente na análise crítica de preconceitos e práticas discriminatórias presentes no espaço digital e nas relações cotidianas. Conclui-se que práticas pedagógicas críticas e dialógicas são essenciais para a construção de uma educação emancipadora, capaz de enfrentar discursos de ódio e promover a valorização da diversidade.
