MAPEAMENTO PARTICIPATIVO COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA NO ENSINO

experiência com estudantes do 3° ano do ensino médio em Barão Geraldo, Campinas (SP)

Autores

  • Rafael Pires De Araújo Dos Passos
  • Fernanda Cristina Zanni Pestana

Palavras-chave:

Mapeamento participativo, Território usado, Prática cartográfica

Resumo

O presente trabalho apresenta uma experiência didática com o uso do mapeamento participativo, realizada em novembro de 2024 com uma turma do 3º ano do ensino médio, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). A prática educativa teve como objetivo despertar nos estudantes o interesse pelo território vivido e fomentar uma aprendizagem mais crítica e ativa. Estruturada em dois momentos, a atividade iniciou-se com uma aula expositiva-dialogada, conduzida a partir de questões norteadoras formuladas pelos proponentes e embasada por material confeccionado em PowerPoint. Em um segundo momento, desenvolveu-se uma oficina prática, na qual foi realizada coletivamente a marcação de um mapa base do distrito de Barão Geraldo, previamente elaborado, que representava os bairros Cidade Universitária, Vila Santa Isabel, Jardim Independência, Vila São João e Real Parque. Os estudantes foram convidados a identificar e localizar elementos relevantes de suas vivências cotidianas, como “residência dos alunos”, “pontos de ônibus”, “igrejas” e “espaços de lazer”. A manipulação desses elementos no mapa permitiu a vivência prática dos conceitos discutidos anteriormente, além de promover reflexões acerca do território usado, conforme proposto por Milton Santos. A prática reafirma a importância de metodologias interdisciplinares e participativas no ambiente escolar, especialmente no ensino de Geografia. O mapeamento participativo revelou-se uma ferramenta potente para que os estudantes desenvolvam um novo olhar sobre seu entorno, reconhecendo dinâmicas socioespaciais e atribuindo novos sentidos ao bairro onde vivem. Mais do que uma técnica, trata-se de uma abordagem que rompe com a lógica vertical do ensino tradicional e valoriza os saberes locais, contribuindo para uma educação emancipadora e territorializada.

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Publicado

03.12.2025

Edição

Seção

GT2 - Tecnologias, novas cartografias e múltiplas linguagens na educação em geografia