Caracterização morfométrica e variabilidade hidrológica de três bacias hidrográficas inseridas em diferentes formações geológicas no município de Itacaré, Bahia
DOI:
https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.1832Palavras-chave:
Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais. Universidade Estadual de Santa CruzResumo
A caracterização morfométrica possibilita o entendimento da dinâmica ambiental de bacias hidrográficas, que contribui para o melhor aproveitamento dos recursos naturais, associados ao contexto das bacias observadas. Este trabalho objetiva identificar as características morfométricas, bem como, analisar a variabilidade hidrológica das bacias do Piracanga, Tijuípe e Tijuipinho no município de Itacaré, Bahia. Os índices morfométricos foram determinados por informações contidas nas imagens Topodata de 30 metros de resolução espacial, Já a caracterização hidrológica, foi derivada a partir dos dados fluviométricos, estimados a partir de modelagem com base na pluviosidade, temperatura e área superficial das bacias. Desse modo, o estudo aponta que as bacias apresentam pouca suscetibilidade à enchentes devido ao seu formato alongado. O maior escoamento superficial apresentado para a bacia do Piracanga, e o menor escoamento superficial apresentado para as demais bacias reforçam que o comportamento hidrológico coincidiu com os aspectos físico ambientais das mesmas.
Referências
ANTONELI, V; THOMAZ, E.L. Caracterização do meio físico da bacia do Arroio Boa Vista, Guamiranga-PR. Rev. Caminhos da Geografia, Uberlândia, v.8, n.21, p46-58, jun. 2007.
BARRELLA, W. et al. As relações entre as matas ciliares os rios e os peixes. In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO; H.F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e recuperação. 2.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.
CARDOSO, C. A. et al. Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do rio Debossan, Nova Friburgo-RJ. Árvore, Viçosa, v.30, n.2, p.241-248, 2006.
CHRISTOFOLETTI, A. C. Geomorfologia. Edgard Blücher. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1974, 149p.
CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Serviço Geológico do Brasil. Geobank: Mapa geológico do estado da Bahia, escala 1:1.000.000, 2003.
GOMES, R. L.; STRENZEL, G. M. R.; FERREIRA, H. M.; NEGREIROS, A. B.; GOES, I. M. A.; MATOS, I. S.; ASPRINO, M. Relatório técnico: geoprocessamento aplicado ao planejamento da paisagem do Mini Corredor Ecológico PESC-Boa Esperança. Instituto Floresta Viva. Ilhéus. 104p. 2012.
HARLIN, J. M. Statistical moments of the hypsometric curve and its density function. Mathematical Geology. v. 10, n. 1, p. 59-72, 1978.
HORTON, R. E. Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach to quantitative morphology. Geol. Soc. America Bulletin. v. 56, n. 3, p. 275-370, 1945
INEMA - Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Governo da Bahia, banco de dados de 2014. Disponível em <http://www.inema.ba.gov.br/servicos/mapas-tematicos/?dl_page=2 >. Acesso em mar. 2017.
KUMMEROW, C. The Status of the Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) after Two Years in Orbit. Journal of Applied Meteorology, v. 39, p. 1965-1982, 2000
MELIANI, P. F. Geomorfogênese do compartimento litorâneo do planalto cristalino da Bahia, Brasil: uma hipótese sobre a evolução do relevo costeiro do município de Itacaré. Revista Geonorte, edição especial, v. 2, n. 4, p. 498 – 509, 2012.
MENDONÇA, J. R. Fotointerpretação da hidrografia do município de Itacaré (BA). 297,00 x 420,00 mm. Escala 1: 108.000. Ilhéus, BA: CEPEC (Centro de Pesquisas do Cacau), 1979.
MILLER, V. C. A quantitative geomorphic study of drainage basins characteristic in the Clinch Mountain area. Technical Report. Dept. Geology, Columbia University, n. 3, 1953.
NASA – National Aeronautics and Space Administration Goddard Earth Science Data Information and Services Center (GES DISC). Tropical Rainfall Measurement Mission, 2015. Disponível em: https://disc2.gesdisc.eosdis.nasa.gov/data/TRMM_L3/TRMM_3B42/doc/TRMM_Readme_v3.pdf Acesso: 10 fev. 2017.
PÉREZ PEÑA, J. V.; AZAÑÓN, J. M.; AZOR, A. CalHypso: an ArcGIS extension to calculate hypsometric curves and their statistical moments. Applications to drainage basin analysis in SE Spain. Computers & Geosciences., v. 35, n. 6, p. 1214–1223, 2009.
SANTOS, A. M. Et al. Análise morfométrica das sub-bacias hidrográficas Perdizes e Fojo no município de Campos do Jordão, SP, Brasil. Revista Ambiente & Água. v. 7, n. 3, 2012.
SCHREIBER, P. Über die Beziehungen zwischen dem Niederschlag und der Wasserführung der Flüsse in Mitteleuropa. Meteorologische Zeitschrift. v. 21, p. 441-452, 1904.
SCHUMM, S. A. Evolution of drainage systems and slopes in badlands of Perth Amboy. Geol. Soc. America Bulletin., v. 67, p. 597-646, 1956.
SPANGHERO, P. E. S. F.; MELIANI, P. F.; MENDES, J. S. Mapeamento hidrográfico de detalhe e análise morfométrica comparativa das bacias dos rios Tijuípe e Tijuipinho, litoral sul da Bahia. Caminhos de Geografia, Uberlândia. v. 16, n. 53, p. 101–117, 2015.
STRAHLER, A. N. Hypsometric (area-altitude) analyses of erosional topography. Geol. Soc. America Bulletin. v. 63, p. 1117-1142, 1952.
STRAHLER, A. N. Quantitative analysis of watershed geomorphology. Transactions, American Geophysical Union. v. 38, n. 6, p. 913-920, 1957.
TUCCI, C. E. M.; CLARKE, R. T. Impacto das mudanças da cobertura vegetal no escoamento: revisão. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. v. 2, n. 1, p. 135-152, 1997
USGS – United States Geological Survey. Shuttle Radar Topography Mission – Mission Summary. Disponível em: < https://lta.cr.usgs.gov/srtm/mission_summary >. Acesso:10 de fev. de 2017.
VILLELA, S.M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGRAWHill do Brasil, 1975. 245p.