Caracterização hidrogeoquímica de cabeceiras de drenagem na Serra da Mantiqueira

Autores

  • José Oliveira de Almeida Neto Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Miguel Fernandes Felippe Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Antônio Pereira Magalhães Júnior Universidade Federal de Minas Gerais
  • Fernando César da Costa Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.2490

Palavras-chave:

Cabeceira. Carga em solução. Evolução do relevo

Resumo

O objetivo deste trabalho é avaliar as características hidrogeoquímicas de três cabeceiras de drenagem na Serra da Mantiqueira. Foram estudadas três bacias de cabeceira na Reserva Biológica Poço D’Anta, no município de Juiz de Fora-MG, na borda noroeste da Serra da Mantiqueira Meridional. A metodologia baseou-se em análises laboratoriais de características físico-químicas de amostras de águas coletadas em pontos de diferentes hierarquias fluviais nas três cabeceiras. Os resultados evidenciam que, apesar de concentrações similares dos parâmetros mensurados (resultado da uniformidade hidrogeológica), há nuances referentes à hierarquia fluvial e às características hidrogeomorfológicas, pedológicas e biológicas do ambiente.

Biografia do Autor

  • José Oliveira de Almeida Neto, Universidade Federal de Juiz de Fora

    Curso de Geografia/Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora.

  • Miguel Fernandes Felippe, Universidade Federal de Juiz de Fora

    Departamento de Geociências/Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora.

  • Antônio Pereira Magalhães Júnior, Universidade Federal de Minas Gerais

    Departamento de Geografia/Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais.

  • Fernando César da Costa, Universidade Federal de Minas Gerais

    Departamento de Geografia/Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais.

Referências

ALBARÈDE, F. Geoquímica: uma introdução. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.

APHA - AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION; AWWA – AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION; WEF – WATER ENVIRONMENT FEDERATION. Standard Methods for Examination of Water and Wastewater. Washington: APHA, 22 har., Cdr Edition, 2012.

BENDA, L. HASSAN, M. A., CHURCH, M., & MAY, C. L. Geomorphology of Steepland Headwaters: The Transition From Hillslopes To Channels1. Journal of the American Water Resources Association, v. 41, n. 4, 2005. 835 p.

BORGA, M. STOFFEL, M., MARCHI, L., MARRA, F., JAKOB, M.. Hydrogeomorphic response to extreme rainfall in headwater systems: flash floods and debris flows. Journal of Hydrology, v. 518, p. 194-205, 2014.

CRUZ, L. A. Áreas Verdes e Espaço Urbano: A mata do Krambeck e a cidade de Juiz de Fora em Minas Gerais. 2016. 112 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia)- Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2016.

DAVIS, S. N. Hydrogeology. New York : J. Willey, 1966.

DUNNE, T. Formation and controls of channel networks. Prog. Phys. Geogr., v. 4, p. 211-239, 1980.

FARIA, A. P. Dinâmica e Fragilidade das Bacias Fluviais de Primeira Ordem. 1996. 216 f. Tese (Doutorado em Ciências)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996.

FEITOSA, A. C.; MANOEL-FILHO, J. Hidrogeologia: conceitos e aplicações. Fortaleza: CPRM, LABHID-UFPE, 2000.

FELIPPE, M. F.; MAGALHÃES JR, A. P. A contribuição das nascentes na desnudação geoquímica: borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 17, p. 79-92, 2016.

______. Análise da variabilidade da vazão das nascentes no Parque das Mangabeiras (Belo Horizonte-MG) em relação aos seus condicionantes ambientais. In: XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, 2009, Viçosa-MG. Anais .... Viçosa: UFV, 2009.

______. Desenvolvimento de uma tipologia hidrogeomorfológica de nascentes baseada em estatística nebulosa multivariada. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 15, p. 393-409, 2014.

FONSECA, C. R. Composição, Estrutura e Diversidade da Comunidade Arbórea de um Fragmento Urbano de Floresta Estacional Semidecidual (Juiz de Fora, MG, Brasil). 2012. 52 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia)- Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012.

GOMI, T.; SIDLE, R. C.; RICHARDSON, J. S. Understanding processes and downstream linkages of headwater systems: headwaters differ from downstream reaches by their close coupling to hillslope processes, more temporal and spatial variation, and their need for different means of protection from land use. BioScience, v. 52, n. 10, p. 905-916, 2002.

HAIGH, M. Environmental change in headwater peat wetlands, UK. In: KRECEK, J.; HAIGH, M. (Org.). Environmental Role of Wetlands in Headwaters, p. 237-255, 2006.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Carta Topográfica de Juiz de Fora. ed. 1996. SF-23-X-D-IV-1. Escala: 1:50.000.

______. Mapa de Unidades do Relevo do Brasil. 2 ed. 2006. Escala: 1:5.000.000.

LEVISON, J., LAROCQUE, M., FOURNIER, V., GAGNÉ, S., PELLERIN, S., OUELLET, M. A. Dynamics of a headwater system and peatland under current conditions and with climate change. Hydrological Processes, v. 28, n. 17, p. 4808-4822, 2014.

MARQUES NETO, R.; PEREZ FILHO, A. ; OLIVEIRA, T. A. . Itatiaia Massif: morphogenesis of southeastern brazilian highlands. In: VIEIRA, B. C.; SALGADO, A. A. R.; SANTOS, L. J. C.. (Org.). Landscapes and Landforms of Brazil. Dordrecht: Springer, 2015, p. 299-308.

MONTGOMERY, D. R.; DIETRICH, W. E. Source areas, drainage density, and channel initiation. Water Resources Research, v. 25, n. 8, p. 1907-1918, ago, 1989.

______. Where do channels begin? Nature, v. 336, n. 6196, p. 232-234, nov 1988.

NOCE, C. M.; PEDROSA-SOARES, A. C.; SILVA, L. C.; ALKMIM, F. F. O Embasamento Arqueano e Paleoproterozóico do Orógeno Araçuaí. Geonomos, v. 15, n. 1, p. 17-23, 2007.

OLIVEIRA, A. Fragilidade Ambiental no Setor Norte do Município de Juiz de Fora (MG): subsídios da geomorfologia ao planejamento urbano. 2016. 148 f. Dissertação (Mestrado em Geografia)- Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2016.

OLIVEIRA, D. E.; ASSIS, D. C.; PIMENTEL, F. O.; FERREIRA, C. C. M. Considerações Sobre a Precipitação na Bacia Hidrográfica do Rio Paraibuna. In: Congresso Brasileiro de Geógrafos, 7. Anais… Vitória, 2014.

PALMER, M.; HOPE, D.; BILLETT, M. F.; DAWSON, J. J.; BRYANT, C. L. Sources of organic and inorganic carbon in a headwater stream: evidence from carbon isotope studies. Biogeochemistry, v. 52, n. 3, p. 321-338, 2001.

ROCHA, G. C. Riscos Ambientais: análise e mapeamento em Minas Gerais. Juiz de Fora : UFJF, 2005.

SANTIAGO, B. S.; REZENDE, R. F.; FERREIRA, C. C. M. Reserva Biológica Municipal de Poço D’Anta, Juiz de Fora/MG- aspectos da fragmentação de habitat e efeito de borda. Gaia Scientia, v. 1, n. 1, p. 53-66, 2007.

SCHUMM, S. A. Evolution of drainage systems and slopes in badlands at Perth Amboy, New Jersey. Geological society of America bulletin, v. 67, n. 5, p. 597-646, 1956.

STRAHLER, A. N. Quantitative analysis of watershed geomorphology. Eos, Transactions American Geophysical Union, v. 38, n. 6, p. 913-920, 1957.

SAADI A. Ensaio sobre a morfotectônica de Minas Gerais: tensões intraplaca, descontinuidades crustais e morfogênese. Tese (Professor Titular), Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, 1991

RICCOMINI C. O rift continental do sudeste do Brasil. Tese (doutorado), Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, 1989.

Downloads

Publicado

2018-02-04

Edição

Seção

Sistemas Geomorfológicos: Estrutura, Dinâmicas e Processos