Utilização da compartimentação fisiográfica como subsídio na indicação de áreas susceptíveis a movimentos de massa: estudo de caso em Caraguatatuba e São Sebastião (SP)

Autores

  • Claudia Vanessa dos Santos Corrêa Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Fábio Augusto Gomes Vieira Reis Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Lucília Carmo Giordano Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Camila Jardinetti Chaves Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Ana Maria Carrascosa do Amaral Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

DOI:

https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.2600

Palavras-chave:

Serra do Mar. Planície costeira. Movimentos de massa. Cicatrizes de escorregamento

Resumo

O objetivo deste trabalho foi de realizar a compartimentação fisiográfica das bacias hidrográficas Juqueriquerê, Santo Antônio e São Francisco, inseridas nos municípios de Caraguatatuba e São Sebastião (SP), em escala 1:50.000, com finalidade de identificar os locais com maior vulnerabilidade à ocorrência de movimentos de massa, com subsídio de bases cartográficas em escala 1:50.000 (IBGE), mapas geológicos em escala 1:50.000 (IG/ CPRM) e ortofotos com resolução 1:10.000 (EMPLASA), além de identificação de cicatrizes de escorregamento. Foram delimitadas unidades fisiográficas nas planícies fluviais e flúvio-marinhas; nos locais com depósitos de colúvio e de tálus, nos granitoides em morros isolados, nos granitoides e gnaisses-migmatitos associados às médias e baixas encostas de serra e nas áreas de topo com predominância de granitoides e a gnaisses migmatitos. Observou-se que as unidades fisiográficas localizadas na região serrana possuem maior potencialidade à ocorrência de processos de movimentos de massa devido aos seus valores de densidade textural.

Biografia do Autor

  • Claudia Vanessa dos Santos Corrêa, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
    Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Fábio Augusto Gomes Vieira Reis, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
    Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Lucília Carmo Giordano, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
    Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Camila Jardinetti Chaves, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
    Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Ana Maria Carrascosa do Amaral, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
    Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

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Publicado

2018-02-04

Edição

Seção

Geografia Física e Desastres Naturais