Agulhas e pincéis: as relações entre a paleontologia e a neontologia no estudo dos ostracodes (Crustacea: Ostracoda)
Autores/as
Cristianini Trescastro Bergue
Palabras clave:
Ostracodes, micropaleontologia, história da ciência
Resumen
O estudo dos ostracodes se desenvolveu sob diferentes influências, sendo possível identificar em sua história tendências orientadas pelas tecnologias de amostragem, a necessidade de conhecimentos aplicáveis à indústria do petróleo e pelo aprimoramento da microscopia óptica e eletrônica. O início da ostracodologia pode ser situado na segunda metade do século XVIII com o estudo de faunas continentais por zoólogos europeus. A pesquisa paleontológica iniciou-se quando as primeiras espécies fósseis foram descritas no início do século XIX. O aprimoramento do conhecimento paleontológico revelou a potencialidade paleoambiental e bioestratigráfica da ostracodologia, tornando-a um importante ramo da pesquisa micropaleontológica. A partir de então, um número crescente de pesquisadores passou a dedicar-se ao estudo destes crustáceos em diversas instituições do mundo, tanto em âmbito acadêmico quanto aplicado à indústria do petróleo. Atualmente, há uma tendência de recrudescimento da pesquisa em ostracodes recentes sob os mais diferentes enfoques. Os novos conhecimentos paleontológicos e neontológicos fornecidos por ela permitirão conhecer melhor a história evolutiva dos ostracodes e de outros artrópodes.