A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR PESQUISADOR PARA VISUALIDADE E LEITURA DE MUNDO DOS SURDOS

Autores

  • Ana Clara Dias de Almeida
  • Cliveland Teles Fernandes
  • Helena Dantas Pinheiro

Palavras-chave:

Ensino, Libras e Pesquisa

Resumo

O professor, enquanto pesquisador, precisa estar em constante movimento e renovação. Nesse aspecto, dentro do estudo da geografia, o docente, deve estar em constante construção de um pensamento crítico diante das diversas questões, principalmente aquelas que atravessam o conjunto com os alunos. Em um contexto de mudanças na questão da inclusão nas escolas regulares, a formação de alunos dentro de suas especificidades e potencialidades torna-se fundamental para uma sociedade plural e inclusiva. Respeitar o surdo enquanto cidadão ativo na sociedade implica a potencialidade da expressão dentro de sua própria língua e cultura. Propor a partir de imagens e fotografias, a leitura das percepções e contradições do espaço, a fim de trabalhar o olhar geográfico como potencial de inclusão e compreensão do mundo e da sociedade, utilizando a cartografia básica como ponto inicial, pois o mapa pode ser uma convergência dos conceitos de imagem e lugar. Por ser uma disciplina interativa e que dialoga com as diversas ciências que circundam o mundo em que vivemos, a Geografia, se torna fundamental no entendimento do mundo e das relações estabelecidas dentro dele. Esse trabalho tem como objetivo traçar a metodologia de pesquisa dentro do contexto escolar sob a perspectiva do professor enquanto pesquisador na procura de construir uma nova forma de se ensinar e aprender geografia, que dialogue com a cultura surda. Metodologicamente, entendemos que como a visão se torna o sentido mais expressivo dentro da cultura surda, este deve ser o primeiro sentido a ser potencializado na educação inclusiva para surdos, e por isso, em nosso estudo recorremos aos geógrafos e naturalistas descritivos para que se recupere a análise do espaço através dos símbolos e signos captados pelas paisagens e representações cartográficas. Apontamos como resultados que assim como a língua portuguesa possui a sua subjetividade implícita que constrói a identidade e a formação interpessoal do aluno ouvinte, as imagens possuem intencionalidades e subjetividades, podem constituir interfaces de leituras e comunicação para os alunos surdos.

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Publicado

2019-12-10

Edição

Seção

Múltiplas linguagens no Ensino de Geografia