MODOS DE OLHAR OS MAPAS ARTÍSTICOS: UM EXERCÍCIO VISUAL COM ESTUDANTES DE GEOGRAFIA
Palavras-chave:
imagens, mapas, arte, olharResumo
Nos últimos anos os mapas têm integrado numerosas exposições realizadas e até constituiram eixos de curadoria de algumas delas no Brasil e na Argentina. Constata-se uma ampliação expressiva da produção artística com e a partir de mapas. É provável que esse fenômeno seja uma ressonância do crescimento da importância da dimensão espacial na realidade social, o que também se reflete no interior das ciências sociais, onde as abordagens a partir do espaço passam a ser muito valorizadas. Os mapas artísticos não têm a pretensão de serem objetivos, neutros nem cópias da realidade. Na sua materialidade, nos deslocamentos que trazem, nas mudanças que re-fazem esse objeto gráfico conhecido, os artistas nos dizem que o mapa é uma proposição do mundo. Como nós, geógrafos, olhamos estes mapas? Que provocações eles trazem para pensarmos o espaço contemporâneo? O que oferecem os mapas artísticos para o pensamento geográfico e para nossas práticas de ensino? O artigo apresentará e interpretará uma breve pesquisa que vai verificar a percepção de estudantes universitários do Brasil e da Argentina de algumas obras de arte que fazem uso dos mapas. As discussões e as interpretações extraídas desse exercício jogam a favor da ampliação do repertório imagético e dos modos de olhar os mapas no ensino de Geografia.