OLHAR, SENTIR E MOSTRAR

Autores

  • Edimilson Antônio Mota

Palavras-chave:

Geografia, linguagens, trabalho de campo

Resumo

O presente relato aborda a experiência docente realizada, pela disciplina de Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino da Geografia, que foi ministrada para o primeiro período do curso de Licenciatura de Geografia na UFF Campos-RJ. Objetivou-se a ensinar os conceitos de espaço, lugar e paisagem com os seguintes procedimentos: 1. referencial teórico, 2. aulas expositivas, e 3. trabalho de campo. A metodologia utilizada no trabalho de campo foi o estudo do meio, por permitir fazer a interdisciplinaridade da geografia com a arte e com a arquitetura para compreender o espaço como um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistema de ações. Foram realizados dois campos: um para a cidade de Campos-RJ onde pudemos observar na paisagem os diferentes sistemas de ações através dos diferentes objetos, na arquitetura barroca, neoclássica, eclética, art nouveau, art déco e modernista. O segundo campo foi realizado para a cidade de Cataguases-MG, onde se observou nas edificações, as técnicas modernistas na arquitetura bem como sua influência nas artes plásticas aplicadas por artistas desse período, como Cândido Portinari. Os alunos observaram as paisagens das cidades e se utilizaram da fotografia, do desenho e do vídeo para fazer os registros. Com os dados registrados, selecionaram, editaram, montaram sequencia de imagens, de desenhos, e de vídeos curta metragem sobre as diferentes ações históricas da paisagem. Houve também a seleção dos croquis das fachadas dos edifícios (objetos) e também das fotografias, e o objetivo final foi fazer uma exposição dos objetos (edifícios) fotografados e desenhados. Concluímos que, ensinar os conceitos sobre espaço, lugar e paisagem, a interdisciplinaridade com a arte, com a arquitetura e com a história, foi o meio para provocar o processo criativo do aluno, e para compreender a complexidade da natureza do espaço. Ensinar é uma ação desafiadora porque requer ao professor a aprender a lidar com o fugidio e com tipos de planejamentos de ensino-criativo flexíveis, e de acordo com o tempo de aprendizagem de cada aluno. Resultado: o aproveitamento de cada aluno foi diferenciado na medida em que cada um se sentiu estimulado para aprofundar ou não na teoria, posta nas aulas expositivas, quando foram provocados à aplicá-la na prática no campo.

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Publicado

2019-12-11

Edição

Seção

Múltiplas linguagens no Ensino de Geografia