PARA O ENADE: O “ESQUEMA 3+1” PERMANECE NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA?

Autores

  • Jéssica Gomes de Jesus

Palavras-chave:

Avaliação em larga escala, Formação de professores, Cursos de Licenciatura

Resumo

A formação do professor no Brasil era caracterizada pelo “esquema 3+1”, no qual o graduando estudava três anos em um curso de bacharel e, posteriormente, realizava disciplinas no curso de Didática, por um ano. O “esquema 3+1” foi revogado na década de 1960, contudo a extrema unificação dos cursos de bacharelado e licenciatura foi mantida como herança na organização curricular. Assim, os cursos de licenciatura continuaram a apresentar a mesma grade de disciplinas do curso de bacharelado com a adição de disciplinas do curso de Pedagogia ou oferecidas pela Faculdade de Educação. Esse artigo possui a intenção de verificar se essa formação unificada das carreiras do bacharelado e licenciatura ocorre na área de formação de Geografia. Para isso, o objeto de estudo escolhido é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), uma avaliação em larga escala aplicada pelo Ministério da Educação (MEC) para os alunos dos cursos superiores no Brasil. Essa pesquisa tem o objetivo central de responder ao seguinte questionamento: para o Enade, o professor de Geografia ainda é encarado como um bacharel que realizou algumas disciplinas relacionadas ao ensino e didática? Para responder essa pergunta, esse trabalho realiza a comparação das portarias que orientaram a aplicação das provas do Enade nos anos que a área de Geografia foi avaliada - 2005, 2008, 2011, 2014 e 2017.

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Publicado

2019-12-13

Edição

Seção

Políticas de formação de professores e o Ensino de Geografia