“Adeus Velho Chico, diz o povo nas margens”: há um rio no leito de morte! Reflexões sobre o mergulhar, navegar e práticas no Rio São Francisco e outras antropologias
Resumo
Este trabalho busca ampliar o debate em torno de uma possível morte do rio São Francisco (um debate recorrente entre ambientalistas, pescadores, pesquisadores, barqueiros e comunidades ribeirinhas, especialmente no baixo são Francisco) a partir de reflexões propostas por Annemarie Mol (2012) de “the body multiple (corpo múltiplo), de Anna Tsing (2012) com o conceito de perturbação e Tim Igold (2015) com o de paisagem, com o intuito de encarar o rio como um agente que produz processos de negociação, que dialoga com outros agentes, produzindo consensos e controvérsias. Este trabalho não é só uma reflexão bibliográfica, é produzido a partir das próprias vivencias do pesquisador, enquanto um agente colaborativo e participe das práticas, dos mergulhos, da navegação, da pesca e etc., desde o seu nascimento na beira deste, e que se estendem ao longo dele. É um trabalho que pretende ser maior, com uma tese que está a caminho.