O “Gaiamum Petroleiro”, o “Meio Ambiente”, o “Quilombo” e o “Manquintal”: notas sobre (des)fazer mundos nas paisagens de mangueno Recôncavo da Bahia
Resumo
As reflexões trazidas no presente artigo são resultado da minha atuação como docente na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB) de São Francisco do Conde-BA e pesquisador nas comunidades quilombolas pesqueiras de seu entorno. Me valho das experiências nos diferentes contextos de interlocução junto aos pescadores, estudantes, pesquisadores e aliados para apresentar modos de produção de mundos nas paisagens de manguezal no Recôncavo da Bahia. A partir das categorias e teorias etnográficas, mostro os engajamentos criativos, as sínteses conceituais, as estratégias de luta e cuidado dos pescadores e pescadoras artesanais e seus aliados nas áreas de manguezal diante das situações de racismo
institucional e ambiental, precarização da vida e perturbação das paisagens impostas pela monocultura e pela cadeia de exploração do petróleo.