“Se não for pra causar nem quero”: Feminilidades naturais e artificiais via cirurgias plásticas

Autores

  • Jéssica Brandt da Silva

Resumo

Este trabalho2 tem como foco discursos sobre cirurgias plásticas entre mulheres reunidas emum grupo sobre lipoaspiração e implantes de silicone na rede social digital Facebook. Contraponho esses discursos com um recorte ilustrativo de outras produções sobre as cirurgias plásticas: sitesde cirurgiões e de clínicas que performam esses procedimentos. A partir do método etnográfico e de abordagens da Antropologia da Ciência discuto normatividades de gênero que relacionam-se com os usos estabelecidos de cirurgias plásticas. Dei atenção à categoria naturalenquanto descritiva de resultados possíveis de uma cirurgia plástica, e a partir disso, elenquei normatividades diversas acerca do gênero feminino. Essas normatividades estão associadas, por um lado, à essa referida “natureza” e, por outro, à negação dela e à valorização de uma aparência “não-natural” quando estão em cena próteses de silicone e sua estética “artificial”.

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Publicado

2019-07-17

Edição

Seção

ST 03 - Coproduções contemporâneas: Intervenções biotecnológicas sobre o corpo, gênero e sexualidade