Espaços da alimentação: O desenvolvimento do comer fora de casa na cidade de São Paulo (séculos XVIII e XIX)

Autores

  • Rafaela Basso

Resumo

A proposta do presente trabalho é, através do enfoque da história da alimentação, se infiltrar na dinâmica social e urbana da cidade de São Paulo entre os anos de 1765 e 1828. Deve-se  ressaltar que no período em questão, São Paulo vivia um período de transformações, motivadas pelos negócios desenvolvidos em torno da produção e comercialização de gêneros agrícolas e/ou da pecuária. O constante vai e vem de pessoas nas ruas da capital da província, em finais do século XVIII acarreta o desenvolvimento de uma estrutura para atender às necessidades do contingente populacional que circulava nos espaços públicos da capital paulista. Neste contexto, o comércio de rua de alimentos se desenvolveu na cidade, trazendo possibilidade de sobrevivência para um grupo composto por negras de tabuleiros, donos de armazéns, quitandeiras que se aproveitavam do intenso fluxo diário de pessoas nas ruas para angariar sua subsistência. Neste contexto, s de um lado, o processo de dinamização do núcleo urbano acarretou uma maior fluidez social, de outro trouxe um sistema de códigos para demarcar o pertencimento a uma determinada classe social. Neste sentido, a comida podia se apresentar como um importante elemento de representação social, ajudando os indivíduos a se sentirem inseridos ou não em um determinado contexto.

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Publicado

2019-08-13