Além de manejar um cutelo, aprendi afrocentricidade no terreiro de Batuque

Autores

  • Luana Rosado Emil

Resumo

Este trabalho apresenta uma reflexão sobre encontros de saberes vivenciados entre os anos de 2011-2015 numa “comunidade” de Batuque, no Rio Grande do Sul. Apresento uma narrativa sobre a aprendizagem no terreiro e a forma como a discussão da afrocentricidade é posta na egbé. Embora a a aproximação com a bibliografia, não podemos dizer que a comunidade é inteiramente de acadêmicos, ou mesmo de militantes do movimento negro, a maioria tem contato com essa “gramática” a partir do terreiro. Somente nos últimos anos é que suas principais lideranças ingressaram na universidade, justamente na intenção de questionar e provocar a presunção acadêmica ao falar práticas de terreiro. A perspectiva afrocentrada foi pouco discutida pelas ciências sociais no Brasil, embora tenha sido bastante difundida entre os intelectuais negros no Brasil. A perspectiva da afrocentricidade, proposta especialmente por Asante recebeu critica de autores como Paul Gilroy. Essas críticas denotam mais a necessidade de desenvolvimento dessa discussão do que o encerramento ou fim de uma proposta. Assim o objetivo é discutir a partir da vivência afrocentrada desenvolvida no interior da comunidade, como essa proposta e conceito tem sido traduzido em seus processo de transmissão do conhecimento-prática.

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Publicado

2019-08-13