A Historia e as Relações no Poder do Lugar: Investigando a possibilidade de um mapeamento espiritual de Cachoeira e São Felix
Resumo
Nesse artigo, proponho analisar a utilidade da metáfora de mapeamento como empregado por Bruno Latour, para um projeto de mapeamento literalmente geográfica. Refletindo sobre minha atual pesquisa do mestrado, que consta em um mapeamento de espaços e lugares religiosos públicos (fora das igrejas e terreiros) na cidade de Cachoeira, Bahia, efetuado usando tecnologias tal como GPS e GIS, discuto as possibilidades que mapeamento geográfico apresenta para abordar as mesmas questões postadas por Latour, na sua discussão de mapeamento de controvérsias. Como controvérsias podem ser associados e conectados através do espaço físico? Especificamente, o que é que mapeamento geográfico poderia mostrar ou esclarecer sobre as rizomas de controvérsias e fronteiras oscilantes entre o mundo de Candomblé, a crescente igreja evangélica, religião estabelecida, folclore, e superstição em Cachoeira? Mapeamento geográfico também tem a possibilidade de fazer “o mundo social plano” (LATOUR 2005) para esclarecer essas conexões? Como contemplar o espaço físico possibilita a consideração de outros atores (rios, arvores, praças, etc.) que fazem parte dessa estrutura? Como a construção do social e a construção do poder do espaço dialogam através da historia e as relações interpessoais?