“Rio Comprido em Nós”: da memória afetiva à imaginação coletiva para a construção do público por meio do design

Autores

  • Mariana Borja Costard

Resumo

O presente artigo está associado com a pesquisa desenvolvida durante o mestrado81e levada adiante no doutorado, tendo suas questões renovadas e ampliadas. A partir da abordagem do campo emergente Design Anthropology, busca-se refletir sobre o papel social do design e explorar suas possibilidades de contribuição na construção coletiva do espaço público. Com projeto de pesquisa localizado em um bairro do Rio de Janeiro,
envolve as pessoas no processo projetual, atuando de forma engajada e dialógica (Anastassakis, 2013), “em correspondência” (Ingold, 2013) às interações sociais existentes. Utilizam-se ferramentas e táticas do design para a constituição de públicos (DiSalvo, 2009) em torno de questões de interesse (Latour, 2014), desde o mapeamento, análise e classificação, à materialização das questões controversas identificadas, com o intuito de
torná-las visíveis para estimular interpretações e discussões baseadas em contradições e discordâncias (Binder et al, 2015). O projeto do Rio Comprido se configurou como um sistema aberto de experimentação e aprendizado, através de abordagem etnográfica em processo de imersão e ideação em constante resposta e estímulo. Foram desenvolvidas atividades junto aos moradores locais, articuladas em orientações diferentes e
complementares, revelando a memória afetiva como importante ativo para a reflexão sobre as questões do presente e a imaginação coletiva como potência para a projeção de cenários futuros.

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Publicado

2019-08-14

Edição

Seção

ST12 - Mapeamento de controvérsias, cartografias micropolíticas e narrativas etnográficas - avaliando possibilidades de conexões transversais