Corredor de Nacala - comboio, carvão e gente no norte de Moçambique (Estação Biblioteca Mindlin)

Autores

  • por Muitxs Outrxs

Resumo

Moçambique passa nesta última década por impressionantes mudanças. Ainda que digam respeito a todo o país, a região Norte é onde elas ocorrem de maneira mais impactante. Desde que nos anos 1990 o Estado moçambicano permitiu a entrada de investimentos privados estrangeiros no país, grandes e médios projetos de extração de recursos minerais envolvendo a exploração de gás de petróleo, areias pesadas e pedras
preciosas têm se estabelecido na região. Destes projetos os mais significativos atualmente em curso envolvem a exploração de carvão nas minas de Moatize, província de Tete. Para escoar as milhões de toneladas de carvão que se está a extrair das minas, (re)construíram um caminho de ferro, a linha do Norte que ligava, de modo intermitente, Nacala a Cuamba e Lichinga, e que agora segue até Moatize. Este caminho de ferro é parte do projeto de desenvolvimento conhecido como Corredor de Nacala. Pela região moram alguns milhões
de moçambicanos, a maioria população tradicional campesina falante de Emakhuwa. Composta de 143 fotos tiradas em diferentes momentos e por diferentes pessoas nos últimos dois anos e meio, esta exposição propõe uma narrativa crítica da implantação do Corredor de Nacala no norte de Moçambique. Ela é parte de uma pesquisa em andamento no contexto do Programa Pro-Mobilidade CAPES/AULP. Muitxs Outrxs* do Brasil, de
Moçambique e de outros lugares fizeram acontecer esta exposição. Por isso Muitxs Outrxs* a assinam.

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Publicado

2019-08-14

Edição

Seção

ST12 - Mapeamento de controvérsias, cartografias micropolíticas e narrativas etnográficas - avaliando possibilidades de conexões transversais