A cooperação internacional para o Clima: caso Brasil e China

Autores

  • Carlos Alexandre Assim Paulino

Resumo

Embora a internacionalização do debate sobre o tema das mudanças climáticas tenha ocorrido durante os anos da década de 1990, os países em desenvolvimento, também responsáveis pela crescente emissão de Gases de Efeito Estufa – GEE - na atmosfera, há pouco tempo incorporaram à dimensão climática e ambiental as políticas de transferência tecnológica. Dentre os exemplos desta modernização ecológica, o caso da cooperação em energias renováveis sino-brasileira é interessante para uma discussão. Tradicionalmente, os estudos de relações internacionais concentram-se na relação entre os Estados Nacionais, muitas vezes “silenciando” os demais atores sociais envolvidos pela cooperação. O nosso objetivo é apresentar, a partir da experiência dos participantes da cooperação, os limites da inovação tecnológica para produção de biodiesel com a rota enzimática. Para pensarmos este caso de cooperação entre sociedades contemporâneas, a metodologia de pesquisa antropológica rede social pode contribuir com este estudo sobre relações internacionais. A nossa
hipótese acerca dos limites para a inovação tecnológica para o clima no Brasil considera a fragilidade das articulações entre esfera política, científica e industrial em nível local e internacional. Teoricamente, apreendemos criticamente a Teoria da Modernização Ecológica e seus limites para pensar as a importância das redes sociotécnicas nos processos de inovação tecnológica para o clima.

Downloads

Publicado

2019-08-15

Edição

Seção

ST15 - Mudanças Climáticas: Conhecimentos, Políticas e Intervenções