A Natureza dos Serviços Ecossistêmicos. Um olhar sobre uma controvérsia sociotécnica.

Autores

  • Ricardo de Almeida Marchiori

Resumo

Atualmente as mudanças climáticas são o eixo principal das controvérsias políticas e científicas sobre o estado atual de degradação do meio ambiente. Os estudos da ciência tem ajudado a apontar lacunas no debate e na subsequente elaboração de políticas a partir dos relatórios do IPCC, apontando o desequilíbrio entre ciências naturais e humanas, a prevalência da Ciência Econômica dentre as últimas e a ausência de outros regimes de conhecimento como os índigenas e locais. Contudo, ao centrarem-se nas controvérsias ao redor das modelagens climáticas outras facetas do colapso ambiental ficam em segundo plano, como a perda de biodiversidade, a erosão genética e a insegurança alimentar.Criado em 2012, a Plataforma Intergovernamental para a Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos da ONU (IPBES) é uma plataforma de Science-Policy que visa elaborar relatórios de diagnósticos regionais e globais tendo com um de seus imperativos a inclusão dos indigenous local knowledges (ILK). Como a plataforma é um projeto de trabalho ambicioso e complexo este trabalho busca escrutinar as problemáticas envolvidas em plataformas de ciência e política pública a partir dos estudos sociais da ciência e analisar somente as primeiras controvérsias surgidas no âmbito da elaboração do Marco Conceitual que estrutura os trabalhos do IPBES e o que se pode esperar da incorporação destes regimes de conhecimentos outros na plataforma.

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Publicado

2019-08-15

Edição

Seção

ST15 - Mudanças Climáticas: Conhecimentos, Políticas e Intervenções