Cães, gatos, mamães e pet sitters: a relação entre humanos e animais de estimação e seus contrapontos

Autores

  • Kênia Mara Gaedtke

Resumo

As relações interespecíficas estão presentes em nosso cotidiano desde o início do que se convencionou chamar Humanidade, e vêm transformando e sofrendo transformações, marcadas por uma trajetória não necessariamente linear, mas com ambiguidades e controvérsias. Num intento de compreender, a partir de uma mirada sociológica, os cuidados humanos nos processos de adoecimento, envelhecimento e morte de animais de estimação, realizei uma etnografia em um hospital veterinário localizado num bairro de classe média alta na cidade de Curitiba – PR, acompanhando veterinárias e responsáveis pelos animais. Este trabalho expõe as principais reflexões advindas desse contato, especialmente ligadas a emoções e modelo social de afeto, expansão da produção e consumo ligados à saúde animal, luto e procedimentos funerários. Mais do que isso,
pretendo apresentar as primeiras impressões surgidas a partir de um grupo focal, desenvolvido posteriormente à etnografia, com estudantes de Educação de Jovens e Adultos na cidade de Jaraguá do Sul - SC, que já atuaram como cuidadoras de animais ou empregadas domésticas em residências em que havia animais de estimação. Diante da dificuldade de compreender aquilo que os próprios cães ou gatos sentem em relação aos humanos, uma saída metodológica interessante é a de contrapor as diferentes visões humanas acerca da relação entre os animais de estimação e seus responsáveis humanos.

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Publicado

2019-08-15

Edição

Seção

ST24 - Viver entre animais: etnografias da recalcitrância e do consentimento