Dispositivos experimentais para a cura do HIV

os casos de Berlim e Londres

Autores

  • Kris Herik de Oliveira

Resumo

A cura do HIV (vírus da imunodeficiência humana) é um tema que tem se mostrado atravessado por múltiplos agentes, conhecimentos, práticas, instituições, discursos, imagens, imaginários e afetos. Durante as quatro décadas da epidemia de HIV/aids, em apenas dois casos foi possível alcançá-la, nos pacientes de Berlim e Londres, por meio de procedimentos experimentais envolvendo transplantes de células-tronco de doadores com mutação genética. A partir de uma abordagem antropológica da ciência e da tecnologia, no presente trabalho busco pensar, ainda de modo preliminar, com as narrativas e práticas médico-científicas que compõem estes dois casos, aqui entendidos como dispositivos experimentais. Tendo em vista um material empírico que reúne documentos científicos, jornalísticos e autobiográficos, alguns problemas são levantados na direção de observar como as terapias oferecem elementos singulares que ajudam a pensar sobre desafios que persistem, processos de adoecimento e cura, materialidades, escalas e transformações ontológicas do corpo.

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Publicado

2022-04-28