Imagem, imaginação e corpos nas tecnologias do cuidado
Resumo
A proposta deste trabalho é apresentar algumas indagações sobre o lugar da imagem nas tecnologias do cuidado tanto no corpo de quem cuida como no corpo de quem é cuidado. Partindo da expressão “corpo síntese” do indígena Yepamahsã (Tukano) João Paulo Barreto e do conceito de sensível de Emanuele Coccia, propõe-se experimentar através de perguntas o lugar da imagem ou do ato da imaginação na eficácia das ações de cuidado. Considerando as diferenças ontológicas na feitura dos corpos, para onde vão as imagens produzidas por nós? Que feitos e efeitos produzem nos corpos? O que pode causar uma planta enquanto imagem em diferentes corpos? E um medicamento? E um bicho das águas ou das serras? E um vírus ou uma bactéria? Mais do que apresentar reflexões, busca-se aqui abrir espaços para experimentações sensíveis da eficácia das imagens ou da imaginação como participação ao “mundo da vida” nas tecnologias do cuidado.