Transversalidade e linguagens
experimentações na licenciatura indígena
Resumo
Esta apresentação consiste em uma reflexão sobre a experiência de “encontro de saberes” baseada em nossa atuação como professores e pesquisadores em licenciaturas indígenas situadas na região norte do país (Amazonas e Acre). Desde a perspectiva das áreas e habilitações Linguagens e Artes (Licenciatura Indígena – Ufac - Campus Floresta) ou Letras e Artes (Curso de Formação de Professores Indígenas – FACED/Ufam) essa reflexão busca considerar o movimento e a articulação entre as atividades de sala de aula e as práticas de pesquisa desenvolvidas pelos acadêmicos junto às suas comunidades, incluindo as pesquisas monográficas que são requisito para a conclusão do percurso nessas licenciaturas. Visando refletir sobre os riscos do “verticalismo hierarquizante” e do “horizontalismo democratizante” e, assim, pensar a transversalidade compreendida como relação entre saberes heterogêneos enquanto heterogêneos, pretendemos apresentar reflexões sobre experiências nessa zona de vizinhança em que emergem e se relacionam diferentes concepções de linguagem e aprendizagem. Desde esse campo de forças, a reflexão incide sobre as relações de captura e contracaptura que se evidenciam ora da parte dos procedimentos e dispositivos de “formação” da universidade, ora a partir (da apropriação) das práticas de pesquisa e escrita desses acadêmicos e suas comunidades.