“Tá na TPM”

Estigmas da menstruação na mídia e na escola

Autores

  • Caroline Luiza Willig
  • Saraí Patrícia Schmidt

Resumo

A expressão que dá título a este escrito é muito ouvida por pessoas que desafiam a subalternidade sexo e gênero que lhes é imposta na sociedade ocidental moderna. Nestas linhas, problematizo o estigma da instabilidade e da selvageria como um recorte da dissertação Tá de Chico? Estigmas do Sangue na Mídia e na Escola (2021). A pesquisa se desenha por meio de teorias interdisciplinares, elencando a cristalização deste estigma e também de outros, localizando os mesmos por caminhos metodológicos que perpassam a bricolagem de mídias nos anos de 2019 e 2020, categorização do conteúdo com inspiração nos métodos de Neira e Lippi (2012) e Bardin (2011) e o diálogo com professores e professoras por meio de uma formação docente voltada para a temática. Esta ciranda tecida de forma plural e dinâmica permitiu estabelecer paralelos entre os termos que associam os estigmas da instabilidade e selvageria para aproximar as pessoas menstruantes dos animais e da natureza, questionando sua sanidade, evolução e sua humanidade de forma a interligar as intersecções sexo, raça, gênero, classe social, território, idade e, também, espécie, evidenciando o cercamento das pessoas menstruantes a respeito dos saberes e direitos sobre seu próprio corpo perpassa a colonialidade do saber e do poder, de território e de corpo enquanto território.

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Publicado

2022-04-28

Edição

Seção

ST04 Sangue, técnica e multiplicidade: vazantes de menstruações diversas