Animais de Pesquisa: relações de afeto e cuidado
Resumo
A utilização de modelo animal é uma prática consolidada nas pesquisas biomédicas. Entretanto a experimentação com animais tem sido alvo de contestação científica e ética. A legislação brasileira permite tal prática após julgamento da pesquisa por um comitê de ética. Contudo, a concepção de ética que fundamenta esta avaliação tende para um formalismo, que traduz princípios de cuidado em protocolos de manejo dos animais. Este artigo pretende explorar outro modo de conceber a ética que vá além do formal. Isto não será feito com a proposição de princípios abstratos, mas a partir de investigação etnográfica realizada com técnicos que atuam em um biotério de uma instituição de pesquisa biomédica brasileira. Este estudo mostra que os humanos que lidam com animais estabelecem com estes relações de afeto e cuidado, capazes de embasar uma ética mais empática, que não deixe de lado os protocolos, mas se estenda para além destes.Downloads
Publicado
2015-05-11
Edição
Seção
ST 1 – Animais não humanos, redes e pesquisas