O direito à saúde e as tecnologias biomédicas no combate ao HIV/Aids

Autores

  • Marcos Alvarenga Bolsista CNPq de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília.

Resumo

A partir das experiências coletadas e registradas no Centro de Testagem e Aconselhamento do Distrito Federal, objetiva-se refletir sobre o impacto da tecnologia biomédica na população e suas apropriações pela política de saúde. Tendo por realidade etnográfica a democratização e difusão dos Testes Rápidos pelo CTA/DF. Ao tomar por realidade etnográfica a democratização e difusão dos testes rápidos pelo CTA/DF, importa para a presente análise, (i) as formas de utilização e apropriação dessas tecnologias pela políticas de saúde; (ii) e como os avanços científicos e tecnológicos informam tais políticas. A tensão entre a dimensão interpessoal e a dimensão tecnológica do atendimento dentro do CTA/DF é a base na qual se constrói o problema da democratização e consumo dos testes rápidos e é, também, a partir de onde os usuários são incentivados a evitar atos considerados de risco por meio de um novo saber de si. Como se verá, o trabalho acaba por trazer à cena uma discussão contemporânea e relevante para a Antropologia: as relações estabelecidas entre a produção científica e tecnológica e a sociedade, a partir do consumo de tecnologias biomédicas. Sem perder de vista o caráter sociopolítico da biotecnologia e sua apropriação pelos agentes sociais e a política de combate às doenças sexualmente transmissíveis a partir das ações preventivas. 

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Publicado

2015-05-12