Peripécias da Caatinga: quando plantas dialogam com políticas

Autores

  • Eduardo Neves Rocha de Brito Mestrando em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGAS/UFRN). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Resumo

Este trabalho consiste numa incursão, e por isso, numa tentativa de edificar redes de mútuos diálogos entre o Bioma Caatinga e o atual Projeto de Desenvolvimento Nacional. Ao acompanhar parte do Inventário, Monitoramento e Resgate da Flora em Áreas Impactadas Direta e Indiretamente pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias do Nordeste Setentrional, executado pelo Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD/Caatinga) - centro esse, coordenado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) -, faço algumas considerações sobre como a constante influência de plantas em políticas e de políticas em plantas, no contexto de uma pesquisa científica, pode ser decisiva na construções dos “fatos”, e que não obstante pode reverberar em discussões internas à antropologia, por exemplo, a relação natureza/cultura. Em todo caso, trata-se de um esforço em descrever procedimentos político-normativos e científicos, de uma forma a ver como seus encadeamentos podem lançar luz em situações de suma importância, tanto para o Semiárido Nordestino, quando para o restante do Brasil. O presente trabalho tenta responder, portanto, uma questão inspirada pela Antropologia da Ciência e da Tecnologia (ACT): afinal, como que plantas podem atuar de forma a frear ou acelerar a política de Integração Nacional?

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Publicado

2015-05-12